Mealha „Passarola“ - XX Réis - 0$010

Bartolomeu Lourenço nasceu  na vila de Santos, na Capitania de São Vicente, no Brasil a 1685. Cedo se tornara alvo de interesse pelo prodigio que mostrava e ingressa no seminário. Veio a Lisboa com apenas 15 anos em 1701, voltou ao Brasil em 1705 e em 1708 volta a Portugal já como sacerdote para se inscrever na Universidade de Coimbra. Terá uma carreira brilhante como inventor e nas mais variadas àreas desde a espionagem à astrologia, será inclusivé historiador e diplomata, tradutor poliglota entre muitas outras paixões. Foi inventor de muitos engenhos em especial na área da fisica e hidraulica. Mas o que o imortalizara fora o invenção de um engenho voador que ficara conhecido como Passarola, a história da qual tal como toda a vida de Bartolomeu ficou marcada por peripécias.

Na verdade Bartolomeu inventara apenas um balão aerostático. Perante a corte portuguesa ficaram registadas cinco experiências com balões de pequenas dimensões:

I - realizada no dia 3 na Casa do Forte o protótipo utilizado pegou fogo antes de subir;

II - feita no dia 5 noutra dependência do palácio, a Casa Real, o aeróstato, provido no fundo duma tigela com álcool em combustão, se elevou a 4 metros, quando começou a arder ainda no ar, sendo imediatamente derrubado por dois serviçais armados de paus, receosos dum incêndio aos cortinados do recinto;

III - feita no dia 6 novamente na Casa do Forte, o balão, contendo no interior uma vela acesa, logrou fazer um vôo curto, mas queimou-se ao poisar.

IV - feita no dia 7 no Terreiro do Paço o balonete elevou-se a grande altura, pousando lentamente minutos depois;

V - feita no dia 8 na Sala das Audiências, no interior do Palácio Real, o globo subiu até o teto do aposento, aí se demorando, quando enfim desceu com suavidade.

VI - 3 de Outubro de 1709, na ponte da Casa da Índia, fez-se nova demonstração. O aparelho utilizado era maior que os anteriores. A experiência teve êxito absoluto: o aeróstato subiu alto, flutuou por um tempo não medido e pousou sem estrépito.

O invento de Bartolomeu de Gusmão é hoje pouco conhecido contudo foi testemunhado por importantes personalidades incluindo o futuro Papa o Cardeal Miquelangelo Conti que se encontrava em Portugal assim como muitos escritores e músicos que mais tarde viajaram pelo centro da Europa.

Por se tratar de um invento tão inédito e com possibilidades futuras imensas Bartolomeu de Gusmão fizera um desenho muito fantasiado do invento, a passarola. O desenho que trespassara e fizera furor da Europa barroca nunca poderia voar. Constituido por uma barca feita de palha e coberta de finas folhas de metal as quais seriam atraidas por um imã que faria a barca elevar-se. Temos ainda um fio com pedras de ebano pedurado as quais uma vez eletrificadas estaticamente por um pano de lã atrairiam a palha. Bartolomeu ficou refem desta imagem profundamente fantasista, ele pertendiria realmente construir um protótipo muito maior do seu balão de ar quente, contudo sobre ameasa da inquisição fugira para Espanha onde durante a fuga morreu.

Bartolomeu viveu num dos períodos mais ricos da história Portuguesa. Grandes vultos da cultura Portuguesa aparecem seja na música, nas artes, na ciência e filosofia. Muitos deles profundamente esquecidos pela propaganda liberal e apagados pelo brilho de um outro qualquer europeu que não menos genial apagou o génio português.

 

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